sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Adultos convivem com o autismo sem saber

Pessoas que passaram anos com os sintomas do transtorno contam como é a redescoberta do mundo depois do diagnóstico tardio

 O revisor Jacob Galon sempre teve dificuldade para fazer amizades por não saber o que dizer ou  fazer para ser considerado um amigo.




O autismo atinge hoje uma em cada 88 crianças e, na infância, soma mais casos que aids, câncer e diabete juntos. Entretanto, a síndrome não é restrita a meninos e meninas e boa parte dos adultos que têm autismo nem sabe disso.
São pessoas que estão na parte menos comprometida do espectro, que não têm deficiência intelectual (mais comum nos casos severos ou clássicos do autismo) e que não tiveram atraso na aquisição da linguagem. Em geral, elas costumam ficar mais isoladas, são classificadas como antissociais, muito tímidas, ingênuas, metódicas e até “frescas” – já que são mais sensíveis a barulhos, luzes e até a toques.
Sinais
Confira os sintomas mais comuns do autismo em um adulto. Caso se reconheça na maioria dos sintomas, procure o atendimento de um especialista:
Interação
Tem dificuldade para compreender regras sociais subliminares, manter contato visual, entender expressões faciais que não são óbvias, dar continuidade a um diálogo e entender metáforas, ironias e piadas.
Socialização
Não demonstra ou recebe afeto com naturalidade, não costuma falar sobre seus sentimentos, não se envolve com interesses alheios, não consegue se colocar no lugar dos outros, encara a vida de forma muito objetiva, prefere falar de poucos assuntos específicos e não percebe quando os outros não estão mais interessados.

Funcionamento
Trabalha melhor sozinho do que em equipe, não tem bom desempenho em entrevistas de emprego, não costuma ter bom desempenho escolar ou na universidade especialmente por ter foco bastante restrito.

Sensibilidade

Sofre mais com barulhos incômodos, ambientes agitados, roupa de tecido não tão confortável ou comida com espessura, cheiro ou gosto diferente do que está acostumado. São frequentes outras alterações sensoriais, como hipersensibilidade a luzes e ao toque.
Fonte: Redação com especialistas entrevistados.
Asperger
O termo asperger deixa de existir como diagnóstico a partir deste ano, com o lançamento da quinta versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Caracterizada basicamente por dificuldades na interação social, padrão repetitivo de comportamento e interesse com foco restrito, a síndrome passa a ser incorporada ao chamado Transtorno do Espectro do Autismo, sem diferença de classificação em relação a outros níveis de autismo.
Pode parecer que um diagnóstico de autismo em pessoas que levam uma vida “normal” – com estudos, trabalho e relacionamentos afetivos – não faz muita diferença, mas relatos de quem passou pela experiência contrariam essa ideia. Hoje é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Confira ação realizada em Curitiba.
Poder dar um nome para o que se tem e saber que existem outros com os mesmos problemas ajuda muito. Há seis meses, o músico Raphael Rocha Loures, 35 anos, teve o diagnóstico, o que fez com que entendesse toda a sua vida. “Foi um choque e meu mundo desabou, pois tudo o que eu tinha como real era totalmente diferente em outras pessoas. Tive de reconstruir o que vivi em 35 anos sob um novo ponto de vista”, conta.
Ao contrário do que normalmente ocorre hoje, com pais recebendo o diagnóstico dos filhos ainda muito pequenos, Raphael é que teve de fazer o anúncio para a família. A primeira reação é sempre a descrença, pois ainda se associa o autismo a pessoas que não falam e não interagem ou a gênios esquisitões, personagens comuns no cinema.
“Depois que explico os detalhes é muito comum falarem que meus sintomas, como vontade de ficar sozinho, todo mundo têm. Mas no autismo o cérebro trata das coisas como se fossem algo muito maior e a forma de lidar e sentir é diferente.”
Também é comum a descoberta ocorrer enquanto pais buscam o diagnóstico do filho. “Principalmente os homens dizem que também tinham as mesmas dificuldades quando crianças. Muitas vezes isso reflete positivamente no sentido de entender melhor a si mesmo e seu filho, mas também pode trazer um questionamento sobre a necessidade de tratamento”, conta a neuropsicóloga Amanda Bueno dos Santos.

Quanto mais cedo diagnosticar, melhor
Formado em Letras, Jacob Galon, 27 anos, é revisor de textos e descobriu que tinha sintomas do autismo enquanto trabalhava com um material didático sobre educação especial, com um capítulo sobre a síndrome de Asperger. Ao confirmar o resultado em dois testes on-line, Jacob estava convencido e passou a relembrar os problemas que teve na infância. “Os maiores desafios eram sempre relacionados à interação com colegas ou à falta dela. Na escola, eu tinha dificuldade no manuseio de tesouras, réguas, colas e as aulas de Educação Física eram um desastre”, diz.
Quanto mais cedo é feito o diagnóstico, maior a evolução da criança em trabalhos multidisciplinares, como fisioterapia, terapia ocupacional, equoterapia, hidroterapia, fonoaudiologia e acompanhamentos com psicólogos e neuropediatras. Entre os adultos o acompanhamento também é necessário, mas com enfoque nas dificuldades específicas de cada um e possíveis doenças associadas.
“Muitos deles apresentam sintomas depressivos, ansiedade e dificuldades no casamento e no trabalho. Eles buscam o relacionamento interpessoal, mas é difícil serem compreendidos, tanto pela sua inocência como pelos interesses restritos que têm”, explica a médica Mariane Wehmuth, do Centro de Neuropediatria do Hospital de Clínicas.
Se o paciente tem hipersensibilidade, pode tratar com a terapia ocupacional ou de integração sensorial e o acompanhamento psicológico ou psiquiátrico pode ser necessário em casos de depressão, por exemplo. No caso de Jacob, os dois especialistas o acompanham e ele usa um medicamento experimental indicado pelo psiquiatra.
Jacob sempre carregou o rótulo de tímido e antissocial e ouviu que o desconforto que os “toques” causavam nele era frescura. Hoje ele assume sua condição e mantém um blog e uma comunidade sobre o assunto no Facebook, trocando experiências com autistas de vários países. Um reconforto a quem não se sente mais sozinho em um mundo que também têm muitas pessoas de “esquisitos mundos particulares”.

“A linguagem corporal para mim é um buraco negro. Eu me comunico verbalmente, nem enxergo o resto. Isso é muito sério por que o mundo trabalha com essas habilidades sociais e espera que você faça e entenda essa linguagem.” Raphael Rocha Loures, 35 anos, que descobriu que tem autismo há seis meses.


http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1359092 








Juan Pablo Reyes, de 32 anos, é o primeiro funcionário com Sindrome de Down que se incorporou a administração pública na província de Salta, no interior da Argentina.

"Hoy estoy muy feliz de poder seguir trabajando y seguir creciendo, más ahora que estoy en un área importante porque me desempeño en la secretaría privada del ministro de Trabajo, Eduardo Costello y eso significa mucho para mí", expressou Juan Pablo.

 Fonte:http://salta.infonews.com/2014/02/26/salta-126484-estoy-muy-feliz-con-mi-trabajo-dijo-el-primer-empleado-publico-salteno-con-sindrome-de-down.php#

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014


CURSO - EDUCAÇÃO MUSICAL INCLUSIVA

O Musicais Diferenças convida para a formação voltada para educadores musicais e músicos com interesse em educação inclusiva.

Dias 22, 23, 29 e 30 de março, das 9 às 17h, na sede da Mais Diferenças [Rua João Moura, 1453 - Pinheiros, São Paulo]. A taxa é de 20 reais.

Para participar, envie um email para musicaisdiferencas@md.org.br.
O período de inscrição vai até 3 de março.

As vagas são limitadas. Participe e divulgue!

 







quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014


13/02/2014 06h00 - Atualizado em 13/02/2014 06h00

Menino com paralisia cerebral começa a andar após praticar surfe

Antes de entrar no mar, garoto faz alongamento e exercícios lúdicos.
Escola Radical, em Santos, é a primeira escola de surfe pública do país.

Mariane Rossi Do G1 Santos
Uma criança de Santos, no litoral de São Paulo, diagnosticada com paralisia cerebral, surpreendeu a família e os professores ao aprender a andar oito meses após começar a praticar aulas de surfe. Raphael dos Santos, de 10 anos, conseguiu deixar a cadeira de rodas e, atualmente, chega para as aulas caminhando, sempre ao lado da mãe.

A luta do menino começou nos primeiros dias de vida. "Ele nasceu praticamente morto, mas Deus me deu ele de volta", conta a mãe de Raphael, Fabiana dos Santos. O menino ficou alguns dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e depois foi levado para casa. Porém, nos primeiros meses, Fabiana percebeu que o filho era diferente das outras crianças. "Uma doutora me disse que o meu filho não tinha capacidade de andar, de falar e nem de sentar. Ela disse que iria ficar mole, como quando estava no meu colo", diz Fabiana. Pouco tempo depois, Raphael foi diagnosticado com paralisia cerebral.
Separada do marido, ela passou a levar o menino para a Casa da Esperança para receber tratamento específico, com a ajuda da avó de Raphael. Ele foi crescendo, mas não conseguia andar nem falar, só engatinhava e ficava sentado. Aos 9 anos, Raphael passou por uma cirurgia nas pernas e ficou em uma cadeira de rodas. Logo depois, o surfe surgiu na vida dele. "Eu conheci um amigo do Cisco (surfista) que trabalha com fisioterapia e ele me indicou as aulas", conta Fabiana.

Mesmo com medo, a mãe resolveu levar o menino para a Escola Radical, em Santos, a primeira escola de surfe pública do país, coordenada por Cisco Araña. No primeiro dia de aula, Raphael não saia da cadeira de rodas. Por causa da cirurgia, as pernas dele só ficavam esticadas e ainda não tinham voltado ao normal. "O Cisco o levou para o mar. Eu pensei que iriam afogar o meu filho, fiquei na areia olhando, eu tremia. No dia seguinte, fomos de novo", conta a mãe.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014


 
                                              PRIORIDADE PARA O AMOR

Requerimentos de adoção de crianças e adolescentes com deficiência ou doença crônica terão prioridade de tramitação na Justiça.

A presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei nº 12.955/14 que dá tratamento preferencial a esses casos.

O objetivo da nova regra é ampliar a procura de órfãos nessas situações.

Atualmente, o Brasil tem mais de cinco mil crianças e adolescentes à espera de uma família, segundo o Cadastro Nacional da Adoção, do Conselho Nacional de Justiça, o CNJ.

O levantamento do CNJ mostra que apenas 18,08% dos pretendentes estão dispostos a adotar irmãos.

Do total cadastrado, 82,45% deseja apenas uma criança.

Com relação à raça, 90,91% dos interessados aceitam adotar brancos, 61,87% pardos e 34,99% negros.

Querem adotar meninas, 33,04% dos pretendentes.

A maioria dos interessados (76,01%) prefere crianças com até três anos de idade.

Confira aqui http://bit.ly/1gQBJrh


domingo, 9 de fevereiro de 2014

Crianças e jovens superdotados: como desenvolvê-los plenamente?
Recentemente um site de notícias brasileiro publicou a informação de que um menino de 4 anos está sendo apontado como um futuro Einstein. Ele fez 160 pontos em um teste de QI (a mesma quantidade do Albert Einstein e Stephen Hawking) e mostrou ser capaz de contar até 200, ler mais de 600 livros em seis meses, resolver operações matemáticas e citar todos os países do mundo. Os médicos dizem que o garoto tem idade mental de oito anos e nove meses, mais que o dobro da idade biológica.

O nome dele é Sherwyn Sarabi. A fala começou aos dez meses. Aos três anos ele se tornou membro da Mensa, famosa sociedade que reúne pessoas com altos quocientes de inteligência do mundo. Por esta desenvoltura, foi a primeira criança a ganhar uma bolsa de estudos integral para uma escola de elite do Reino Unido. Atualmente ele frequenta uma classe de alunos com nove anos na Rastrick Independent School, em Huddersfield, Inglaterra. Sherwyn mora em South Yorkshire. A mãe, Amanda Sarabi, foi professora e diz que o filho “é uma criança saudável, muito feliz e adora falar”. Segundo ela, tanto a família quanto a escola se esforçam para que as necessidades do garoto sejam supridas.

Como trabalhar com alunos com altas habilidades?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) pelo menos 5% da população tem algum tipo de alta habilidade. No Brasil, até o ano passado, haviam sido identificados 2,5 mil jovens e crianças assim. Estas crianças e jovens precisam de uma flexibilização da aula para que suas necessidades particulares sejam atendidas, o que os coloca como parte do grupo que tem de ser incluído na rede regular de ensino.
De acordo com a diretora do ICG, Ms. Sandra Izabel Chaves, “trabalhar com uma pessoa com altas habilidades significa priorizar o desenvolvimento de suas potencialidades para que, posteriormente, a mesma possa contribuir com a sociedade em que vive.”
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FONTE: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/12/menino-de-4-anos-com-qi-de-einstein-entra-para-clube-dos-superdotados.html

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014


Prêmio Experiências Inclusivas

    Boa evolução de criança com deficiência vale prêmio à escola. O caso da estudante S., matriculada no Maternal da Escola Municipal de Educação Infantil Irmã Consolata, de Erechim (RS), valeu à instituição o primeiro lugar no Prêmio Experiências Inclusivas – A Escola Aprendendo com as Diferenças, categoria Escolas Públicas. Matriculada em 2012, com diagnóstico de paralisia cerebral, a garota, nascida em 2009, apresentou melhoras em todos os sentidos a partir da interação com os colegas.
    
       Prematura e filha de pais dependentes químicos, S. foi adotada por uma nova família quando tinha um ano e um mês. Ao ingressar na escola, apresentava uma série de dificuldades: não firmava a cabeça, temia a aproximação das pessoas, assustava-se com movimentos bruscos, não se comunicava e mal se locomovia.

        A professora Andrea Paula Ceron aponta a socialização da menina como o principal avanço. “A partir dessa melhora, conquistamos a confiança, o carinho”, diz. “Houve evolução na linguagem oral, na postura em pé, na atenção e concentração, hábitos de higiene e autonomia.” 

         A professora salienta que a melhora da estudante foi resultado de um trabalho dos professores, da equipe de apoio ao processo de aprendizagem, dos profissionais do atendimento educacional especializado, da direção, funcionários e comunidade de pais. “A filosofia da unidade é educar com liberdade para brincar, imaginar, sonhar e viver, valorizando e respeitando as diferenças”, explica Andrea. De acordo com a professora, a escola vem cumprindo a missão de ampliar e aperfeiçoar cada vez mais essa prática. “A criança desenvolve as habilidades e competências vivenciando-as na alegria, na magia, no encontro da infância”, pontua.

       A escola municipal de educação infantil Irmã Consolata tem por objetivo fazer com que os estudantes aprofundem seus conhecimentos em várias áreas, tendo ao mesmo tempo um crescimento cognitivo, socioafetivo e psicomotor. A escola respeita e valoriza as habilidades, competências, faixa etária e as diferenças dos alunos.

        Secretaria – Esse trabalho é reflexo, em parte, do atendimento especializado a crianças com deficiência desenvolvido pela Secretaria de Educação de Erechim. No prêmio, o município recebeu o segundo lugar na categoria Secretarias.

      De acordo com o secretário de Educação de Erechim, Alderi Antonio Oldra, são ofertadas todas as condições possíveis e necessárias para que os estudantes sejam atendidos, nas escolas, por profissionais preparados, com formação permanente. “Implantamos o trabalho de bidocência, ou seja, a presença de dois profissionais na mesma turma quando há estudante com deficiência sem autonomia de vida”, explica.

        Há também em sala de aula a presença de tradutor-intérprete da língua brasileira de sinais (libras) para crianças surdas. Além disso, é oferecida educação bilíngue, quando os pais a requisitam. A secretaria também oferece fonoaudiólogo, além de transporte escolar específico e adaptado, da porta da casa do estudante até a porta da escola.

       Segundo o secretário, o trabalho de atendimento educacional especializado ocorre em todas as escolas do sistema municipal de educação, em salas de recursos multifuncionais, em que é desenvolvido um trabalho pedagógico norteado pela política nacional de educação especial, na perspectiva da educação inclusiva. “Erechim respeita as diferenças e inclui todas as pessoas com deficiência nas classes normais das escolas municipais”, salienta. “Os desafios aumentam e vamos trabalhar fortemente para dar atendimento de qualidade a todos, sem preconceito algum.”

Ana Júlia Silva de Souza
Palavras-chave: educação inclusiva, educação infantil

Por Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down
       
          


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

 A Escola de Gente que acredita, defende e faz teatro acessível no Brasil.

Idealizada pela Escola de Gente em 2011, a campanha “Teatro Acessível. Arte, Prazer e Direitos” tem por objetivo garantir mais autonomia e participação de pessoas com deficiência, mobilidade reduzida e baixo letramento, entre outras condições, na vida cultural de suas cidades. Para isso, percorre o Brasil oferecendo teatro gratuito e acessível a crianças, adolescentes e jovens. Em 2013, por sua exemplaridade, a campanha foi incorporada como ação e conteúdo de política pública pelo Ministério da Cultura, através da ação da secretária de Cidadania, Diversidade e Cultura Márcia Rollemberg.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

                                                                                               
  
             
 Congresso Mundial sobre Educação de Crianças e Jovens com Necessidades Educativas Especiais.
 Universidade do Minho (UM), Braga, Portugal têm o prazer de convidá-lo(a) a participar no Congresso Mundial sobre Educação de Crianças e Jovens com Necessidades Educativas Especiais, intitulado Embracing Inclusive Approaches, que decorrerá em Braga em julho de 2014.

Organizações não-governamentais, políticos, investigadores e profissionais de educação da Europa, Ásia Central, América do Sul, América Central e América do Norte promoverão debates informativos e reflexivos sobre o estado atual e o conhecimento especializado ao nível do atendimento às crianças e jovens com necessidades educativas especiais. No sentido de garantir a qualidade deste congresso, a organização tem a honra de o/a convidar a submeter propostas de trabalhos científicos para apresentação nesse evento.

Lista parcial de áreas temáticas:
  • Tecnologias de Informação e Comunicação
  • Apoio ao Comportamento Positivo 
  • Currículo e Aprendizagem 
  • Advocacia: Defesa dos direitos das crianças e jovens com necessidades educativas especiais
  • Intervenção Precoce
  • Transição para a Vida Ativa
  • Políticas Educativas
  • Avaliação
  • Práticas Baseadas na Investigação
Neste congresso serão ainda debatidas as seguintes questões:
  • Integração da investigação na prática educativa e na decisão política;
  • Partilha de experiências inclusivas inovadoras na escola, na comunidade e no país;
  • Divulgação da investigação que promove práticas eficazes, com destaque para as que garantem o acesso, a qualidade e a equidade ao longo da vida;
  • Exploração de desafios e oportunidades de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Janeiro 2014 - As notificações de aceitação serão enviadas para os participantes (aceite, lista de espera, não aceite)

Inscrições a decorrer até 15 de Março 2014  - http://www.dises-cec.org/braga-2014.html

Submissão do texto completo para publicação em Atas da Conferência até 15 de março 2014.


O congresso terá oradores convidados nas áreas temáticas, painéis de discussão, bem como apresentações com investigadores conceituados, decisores políticos e representantes da sociedade civil. O evento será ainda uma oportunidade para os participantes explorarem redes de prática e de conhecimento, bem como a investigação e as políticas atuais e futuras. Aliado a todas as dinâmicas do congresso destaca-se a existência de um programa social diversificado que permitirá aos participantes conhecerem e explorarem Portugal e a Região do Minho em particular.

Centro de Investigação em Educação (CIEd), Instituto de Educação da Universidade do Minho, Braga, Portugal

e-mail: braga2014@ie.uminho.pt

mais informações: http://www.dises-cec.org/braga-2014.html

contactos

Informações em Portugal
Instituto de Educação / Universidade do Minho
Campus de Gualtar
4710-057 Braga, PORTUGAL
E-mail: braga2014@ie.uminho.pt
Doutora Ana Paula Martins

Tel. +351 253 601200 | 604240






Pessoas com síndrome de Down na mídia no fim do ano

Por Equipe Inclusive

 Por Patricia Almeida
Neste fim de ano tivemos a grata surpresa de ver pessoas com síndrome de Down retratadas em várias situações na mídia. Algumas foram mais construtivas do que outras, mas são um grande avanço em relação a um tempo em que modelos com deficiência passavam longe da publicidade, das novelas e das matérias televisivas.
Um bom exemplo foi a mensagem de fim de ano do Banco do Brasil. O Banco já havia sido pioneiro na publicidade inclusiva em 2008 com o comercial Desejar, em que um menino com síndrome de Down aparece numa cena familiar.
http://www.inclusive.org.br/?p=2864
Este ano, dentro da Campanha Bom 2014 pra Todos  - Pequenos Grandes Desejos, filhos de funcionários do banco participam, desejando coisas legais para o ano que vem. Uma das crianças é uma menina com síndrome de Down (a que aparece na foto acima e no vídeo da campanha).
http://bom2014pratodos.com.br/
Em telefornais, uma reportagem da TV Santos, feita pela jornalista Marcela Pierotti, que foi ao ar na véspera de Natal, mostrou um jovem que coleciona diversos tipos de papai Noeis. A repórter foi à casa da família e conversou com o colecionador, Pedro Monteiro, de 20 anos, com sua mãe e seu pai. A primeira coisa que salta aos olhos é que em momento nenhum é dito que Pedro tem síndrome de Down.
Uma pessoa pode até pensar, claro, isso não tem nada a ver com o assunto da matéria. Mas podem ter certeza que em 99% dos casos os jornalistas não conseguem resistir à tentação de citar um atributo como este numa matéria. É raro também não sucumbirem o clichê da musiquinha triste e melosa quando o personagem da matéria tem deficiência. Ponto para a TV Santos, que tratou o assunto com musica adequada e de forma respeitosa e altiva, sem infantilizar o entrevistado.
É preciso notar que eu me refiro à matéria que foi ao ar no telejornal – a “cabeça” lida pelo apresentador e o Video Tape da matéria (e não ao texto escrito que foi postado no site do G1, esse sim revela que o rapaz em questão tem síndrome de Down).
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2013/12/apaixonado-por-enfeites-jovem-coleciona-bonecos-de-papai-noel.html
Finalmente, um comercial da Friboi foi exibido em horário nobre na época do Natal. Nele, apareceram jovens com síndrome de Down que participam do projeto Chefs Especiais, de São Paulo, que a Friboi começou a patrocinar.  Apesar do comercial ter produção caprichada, usar a terminologia correta e ser no geral positivo, há algumas coisas nele que me incomodaram. A primeira é a música. Temas melosos me desagradam profundamente pois reforçam o esteriótipo de que pessoas com deficiência são anjos de outro mundo, e não seres humanos como outros quaisquer. Na mesma linha, o uso da câmera lenta e imagem difusa também contribuíram para esse ar etéreo. Mas o que mais me desagradou no filme foi a cena final do brinde – no lugar de vinho ou champagne, suco de laranja. Quem brinda com suco de laranja? Se os personagens não fossem jovens e adultos com síndrome de Down, estariam brindando com suco de laranja? Um pequeno detalhe que para muitos pode passar despercebido, para mim saltou aos olhos, pois vi nele a infantilização sistemática de que são alvo as pessoas com deficiência intelectual. Estamos preparando jovens para a vida independente e o mercado de trabalho, mas ao mesmo tempo tratando-os como eternas crianças que não podem consumir álcool.
http://www.youtube.com/watch?v=2qNonN-gAjo
No link abaixo é possível ver o Making Off do filme da Friboi e saber mais sobre o projeto Chefs Especiais.
http://chefsespeciais.blogspot.com.br/
Que ótimo que vemos cada vez mais comerciais e matérias  jornalísticas com pessoas com síndrome de Down e outras deficiências.
Mas fica o recado para a Friboi e demais anunciantes, assim como jornalistas e publicitários: Que tal aproveitar estas oportunidades para desconstruir preconceitos? Na dúvida, vale a máxima – se não tivesse deficiência, como seria? Essa é a melhor forma de acertar a mão na inclusão.
Outras notícias de Mídia e Deficiência
http://www.inclusive.org.br/?cat=218

Portadores da Síndrome de Down vivem 50 anos a mais que no passado.

Thaís Sabino

Rosto típico, dificuldade para falar e aprender. No passado, por volta de 1947, estes traços indicavam uma vida curta, entre 12 e 15 anos. O diagnóstico da Síndrome de Down - uma alteração genética produzida pela presença de um cromossomo a mais, o par 21 - era muito mais aflitivo do que é hoje para os pais. Atualmente, a expectativa de portadores da alteração genética está entre 60 e 70 anos, de acordo com a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Nesta quarta-feira (21), é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down.

Ao mesmo tempo, os casos se tornam cada vez mais frequentes, afirmou a fisioterapeuta pediátrica especialista no desenvolvimento de portadores da Síndrome de Down, Fernanda Davi. "Estão mais comuns, pois as mulheres têm filhos cada vez mais tarde, acima dos 35 anos", justificou. De acordo com a Fundação Síndrome de Down, há maior probabilidade da ocorrência do problema em relação à idade materna, quanto mais idade a mulher tiver, mais risco de a Síndrome de Down se manifestar.
Exames podem diagnosticar a alteração genética ainda no período de gestação, mesmo assim, existem casos em que a Síndrome de Down é descoberta apenas ao nascimento do bebê. "Assim que a criança sai do hospital, já começamos o tratamento", disse Fernanda. Com acompanhamento de um fisioterapeuta e de um fonoaudiólogo o portador pode andar, falar e frequentar uma escola normalmente, disse a fisioterapeuta.                                                                            

                                                                   
  Guilherme começou a fisioterapia cedo e, atualmente, já anda, sobe escadas e corre. Ele tem 1 ano e 11 meses Foto: Arquivo pessoal / Divulgação     
O principal problema apresentado pela criança com SD é a falta de tônus muscular. "Eles são mais moles", disse Fernanda. Esta carência interfere nas habilidades motoras, por isso, exercícios de fisioterapia e fonoaudiologia são importantes para o paciente andar e falar como uma criança normal. "Aos dois anos e meio, três, eles já conseguem fazer tudo, andar, correr, se equilibrar em um pé só", descreveu Fernanda sobre a evolução dos pacientes.
  
O tratamento usado pela fisioterapeuta é o Cuevas Medek Exercise (CME), que desenvolve movimentos como segurar o pescoço, rolar, sentar, arrastar, engatinhar, ficar em pé, andar e correr, segundo Fernanda. "Primeiro eu gero o desequilíbrio para que elas mesmas consigam desenvolver o equilíbrio do próprio corpo. Com apenas algumas caixas e pedaços de madeira, eu monto um cenário no qual as crianças brincam ao mesmo tempo em que vão se desenvolvendo", explicou.
  Características
Achatamento da parte de trás da cabeça, dobras nos cantos internos dos olhos, ponte nasal achatada, orelhas ligeiramente menores, boca pequena, mãos e pés pequenos, rosto redondo, cabelos lisos, pescoço curto, flacidez muscular, prega palmar única e pele na nuca em excesso são as características físicas usualmente apresentadas por pessoas com Síndrome de Down.
As pessoas com a diferença genética têm tendência à obesidade, cardiopatias, hipotireoidismo, problemas renais e alteração dos glóbulos brancos no sangue. A dificuldade de cognição também é comum, porém, apesar de levar mais tempo que uma pessoa normal, quem tem Síndrome de Down é perfeitamente capaz de aprender e absorver conhecimento sobre diversas áreas, afirmou Fernanda.
Segundo a psicóloga Juliana Siqueira Baida, do Serviço de Formação e Inserção ao Mercado de Trabalho da Fundação Síndrome de Down, "todos conseguem se desenvolver profissionalmente. As maiores dificuldades apresentadas são nas relações interpessoais, devido às barreiras impostas pela sociedade e muitas vezes pela equipe de trabalho", disse ela. Outro ponto, é o relacionamento de casal entre pessoas com Síndrome de Down. "Eles exprimem a sexualidade de forma inadequada devido à constante repressão", afirmou Juliana.
Papel de mãe
"Como eu já tinha passado por um parto normal, cheguei ao hospital e me falaram que seria bem rápido, porque seria parto normal de novo. Começou a demorar demais. Depois de seis horas ele nasceu. Quando ele saiu, virou uma bolinha, todo mole, minha outra filha já saiu durinha, totalmente diferente. Olhei nos olhinhos dele e percebi na hora". O relato é de Renata Camargo, mãe de Guilherme, 1 ano e 11 meses, que apesar de não apresentar qualquer alteração nos exames durante a gestação, nasceu com Síndrome de Down.
"Vem aquele sentimento de desespero, de que não quer acreditar. Me perguntava como iria ser e como iria contar para as pessoas. Mas quando peguei ele nos braços, senti o mesmo amor que tenho pela minha filha", contou Renata. Ela confessou que foi difícil evitar questionamentos dos motivos que levaram aquilo a acontecer com ela mas, passado um tempo, Renata decidiu parar de sofrer, cuidar de Guilherme e dar todo amor possível a ele.
Encantada pelo avanço do filho com os tratamentos de fisioterapia, ela disse que em um mês ele "subiu dois degraus". Guilherme começou a andar há cerca de três meses e só frequenta as sessões fisioterapêuticas para aperfeiçoar o que já sabe. "Ele está subindo rampas e escadas", disse. Sobre o desafio de aceitar um filho com Síndrome de Dawn, Renata questionou: "se uma pessoa tem um filho completamente normal e acontece alguma coisa que o deixe com algum problema, ela deixará de amá-lo?".

Fonte: Portal Terra


                                                                                                                                        

                                                                                                                                                                                                                          


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sábado, 1 de fevereiro de 2014

Designer sem nenhum dedo das mãos faz sucesso vendendo joias e tem sua própria marca há 24 anos

Quais são suas desculpas para não fazer algo que gosta? Annette Gabbedey poderia ter se conformado ao fato de não ter nenhum dos dedos das mãos, mas ao invés disso ela seguiu seu sonho e se tornou uma brilhante joalheira.
Annette faz delicadas criações de anéis e pulseiras com diamantes e opalas preciosas em sua oficina, tudo sozinha, usando todas as ferramentas convencionais a qualquer ourives. O que fez foi alguns dispositivos para adaptar às suas mãos, que possuem grande sensibilidade, o que auxilia o trabalho nas peças. Ela se formou em manufatura e design de joias, começou como vendedora numa joalheria e há 24 anos possui sua própria marca na cidade de Frome.
Seu talento para construir joias lhe rendeu reconhecimento e um faturamento alto: sua peça mais cara foi um colar de ouro amarelo e branco de 18 quilates, feito especialmente para comemorar quando fez 21 anos de carreira, e foi vendido por 25 mil libras. A designer atribui muito de seu sucesso ao apoio incondicional que recebeu da família, que sempre a incentivou a sair pro mundo e fazer o que queria.



30/01/2014

Lenda Paralímpica do tênis de mesa, Natalia Partyka busca primeira medalha Olímpica nos Jogos Rio 2016

Jovem polonesa está entre os dez atletas do mundo a combinar participações nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos

 

                                   

 "Meu maior sonho é conquistar medalhas nas duas competições”, diz a tricampeã Paralímpica Natalia Partyka (Foto: Matthew Loyd/Getty Images) 

 

Natalia Partyka faz parte de um seleto grupo no cenário internacional do esporte. A jovem polonesa de 24 anos, que nasceu sem a mão e parte do antebraço direito, é uma das dez atletas do mundo a combinar participações nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Já em preparação para o Rio 2016, a tricampeã Paralímpica de tênis de mesa sonha conquistar na capital carioca sua primeira medalha Olímpica.
“Sempre sonhei em disputar os Jogos Olímpicos e os Jogos Paralímpicos, e esse desejo se tornou 100% completo em Londres, quando participei das disputas Olímpicas individuais e por equipes. Foi uma oportunidade ótima e aprendi muito lá. Quero reviver esta experiência no Rio 2016 e estou trabalhando forte para isso. Meu maior sonho é conquistar medalhas nas duas competições”, diz a polonesa, em entrevista ao site rio2016.com.
Natalia começou a jogar tênis de mesa aos sete anos de idade. Aos 11, veio a primeira de muitas marcas da carreira: tornou-se a atleta mais jovem a participar dos Jogos Paralímpicos, em Sydney. Quatro anos depois, ganhou o primeiro ouro, nas disputas individuais da classe 10, em Atenas, e a prata por equipes.
Em Pequim, ela começava a fazer história. Além de conquistar o bicampeonato individual Paralímpico e prata por equipes, fez parte da equipe Olímpica polonesa que disputou os Jogos. Em 2012, o ápice, com o tricampeonato Paralímpico individual, o bronze por equipes e participações nos torneios Olímpicos de simples e por equipes.
Se alcançar seu objetivo, Natalia repetirá o feito do húngaro Pál Szekeres, medalhista de bronze na esgrima Olímpica e tricampeão paralímpico na esgrima em cadeira de rodas após sofrer acidente de carro.
A trajetória da lenda polonesa inspira uma jovem brasileira. Revelação nacional no tênis de mesa Paralímpico, Bruna Alexandre, de 18 anos, quer repetir o feito de Natalia nos Jogos Rio 2016. Com parte do braço direito amputado após um erro médico aos três meses de idade,  Bruna integra a selação brasileira Olímpica e Paralímpica da modalidade e é a quarta colocada no ranking mundial Paralímpico da classe 10.
“A história da Natalia e tudo que ela faz são uma inspiração para mim. Estou me dedicando muito para, no Rio, disputar os Jogos Olímpicos e os Jogos Paralímpicos, como ela fez em Londres e Pequim. É uma atleta muito inteligente, ágil e dona de um saque muito bom. Em uma entrevista, ela disse que eu serei campeã mundial daqui a alguns anos, e esse comentário me deixou muito feliz e confiante de que estou no caminho certo”, revela a brasileira, que chegou às quartas de final dos Jogos Paralímpicos de Londres, quando tinha 17 anos.


 

 

 

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