Portadores da Síndrome de Down vivem 50 anos a mais que no passado.
Thaís Sabino
Rosto típico, dificuldade para falar e aprender. No passado, por
volta de 1947, estes traços indicavam uma vida curta, entre 12 e 15
anos. O diagnóstico da Síndrome de Down - uma alteração genética
produzida pela presença de um cromossomo a mais, o par 21 - era muito
mais aflitivo do que é hoje para os pais. Atualmente, a expectativa de
portadores da alteração genética está entre 60 e 70 anos, de acordo com a
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Nesta
quarta-feira (21), é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down.
Ao mesmo tempo, os casos se tornam cada vez mais frequentes, afirmou a
fisioterapeuta pediátrica especialista no desenvolvimento de portadores
da Síndrome de Down, Fernanda Davi. "Estão mais comuns, pois as mulheres
têm filhos cada vez mais tarde, acima dos 35 anos", justificou. De
acordo com a Fundação Síndrome de Down, há maior probabilidade da
ocorrência do problema em relação à idade materna, quanto mais idade a
mulher tiver, mais risco de a Síndrome de Down se manifestar.
Exames podem diagnosticar a alteração genética ainda no período de
gestação, mesmo assim, existem casos em que a Síndrome de Down é
descoberta apenas ao nascimento do bebê. "Assim que a criança sai do
hospital, já começamos o tratamento", disse Fernanda. Com acompanhamento
de um fisioterapeuta e de um fonoaudiólogo o portador pode andar, falar
e frequentar uma escola normalmente, disse a fisioterapeuta.
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